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María Díaz Lorenzo (coord.), António A. Tiza Pinelo, José Luis Alonso Ponga, M.ª Pilar Panero García, César Sánchez Domínguez e Daniel Herrero Luque (2020), Mascaradas de inverno da Raia Ibérica no antigo território Zoela / Mascaradas de invierno de la Raya Ibérica en el antiguo territorio Zoela. Inventário do território ZASNET / Inventário do território ZASNET, Bragança, ZASNET, Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial (AECT), 76 pp. ISBN 978-989-20-9892-0. 

 

Apresentamos o inventário das 51 máscaras que se conservam no Distrito de Bragança e nas províncias de Zamora e Salamanca. O trabalho foi realizado em 2019 como suporte para a documentação para a candidatura à UNESCO, a Património Mundial da Humanidade: “Máscaras de Inverno da Raia Ibérica no antigo território Zoela”. Confiamos que a candidatura culmine com sucesso, sabendo que é um longo caminho.

O inventário foi feito com base na constatação das mascaradas ativas, tendo em consideração outros trabalhos etnográficos anteriores, adicionando alguns, que foram recuperados recentemente e anotando algumas mudanças recentes que ocorreram noutros. Este documento é um texto auxiliar que a equipa responsável utilizou para desenvolver os pontos fortes da candidatura, nos formulários oficiais. Estes serão apresentados com os consentimentos dos dois países após o registo dos inventários (Inventário Nacional PCI em Portugal através da Direção-Geral do Património Cultural e Bien de Interés Cultural em Espanha através da comunidade autónoma de Castilla y León) e os consentimentos das comunidades envolvidas.

Apesar do caráter auxiliar do inventário, considerámos torná-lo público por dois motivos. O primeiro, por oferecer o estado da arte, neste momento. O segundo, que a nosso ver é mais significativo, é agradecer aos grupos que, mantêm com entusiasmo os seus ritos, de apoio à candidatura e mostrar que essas comunidades pertencem a uma área cultural não separada pela fronteira político-administrativa.

Esperamos que o inventário possa servir de ponto de partida para futuras reflexões e investigações mais exaustivas sobre as mascaradas. Como todos os fenómenos tradicionais, estes rituais estão imersos num processo híbrido porque sua origem ancestral os torna alheios à mudança cultural.

 

Conhecê-los é o primeiro passo para os preservar.